20 a 22 de Dezembro, 2010: Visitas - QUINTA DA BACALHÔA

"Na Quinta da Bacalhôa, o Natal chega mais cedo. Desta segunda-feira a quarta, dia 22, as visitas guiadas são gratuitas e dão direito a bolo-rei e moscatel de Setúbal, diz Catarina Mendonça Ferreira.
Não há apreciador de vinho a quem não brilhem os olhos quando escuta o nome Quinta da Bacalhôa. Mas quantos serão os que conhecem a quinta e o palácio onde a história desta grande marca de vinhos começou?
Entre os primeiros donos – os infantes da Dinastia de Aviz, passando pela família de Afonso de Albuquerque – até ao Comendador Berardo, actual dono da Quinta e do Palácio da Bacalhôa, vão cerca de 500 anos de história que, numa visita de cerca de duas horas, qualquer pessoa pode ficar a conhecer. E, nos próximos dias 20, 21 e 22 de Dezembro, de forma gratuita.
A história desta quinta situada em Azeitão nem sempre esteve ligada ao vinho, nem o seu nome nasceu com ela no século XV e com os seus primeiros donos. Veio mais tarde com D. Jerónimo Manuel, descendente de Afonso de Albuquerque, que tinha a alcunha de “Bacalhau”. Alguns dizem que seria comerciante de bacalhau, outros dizem coisas menos simpáticas sobre o senhor, que teria feições e um odor um pouco estranhos. Tendo falecido bastante novo, foi a sua mulher que tomou as rédeas da quinta, ficando conhecida como “a Bacalhôa”.
O palácio, construído no século XV, é monumento nacional e, neste momento, é utilizado como casa de férias do comendador Berardo, que é sócio maioritário desde 1998. Desde então a filosofia da quinta passou a ser Arte, Vinho e Paixão.
Berardo não foi o único a deixar a sua marca nesta quinta. Toda a arquitectura do palácio, a sua decoração e os jardins foram influenciados, ao longo dos séculos, pelos diferentes proprietários, inspirados pelas suas viagens através da Europa, da África e do Oriente. Na visita ao palácio, o tema da conversa centra-se na sua história e nas personagens que ali viveram ao longo dos séculos, mas a história confunde-se com a do vinho e, por isso, também se fala no Quinta da Bacalhôa tinto que ali se produz. No rés-do-chão do palácio encontram-se algumas obras de arte da colecção Berardo, como mosaicos romanos e azulejos de origem mourisca. A visita segue para os deslumbrantes jardins e para a Casa do Lago, onde ainda existem azulejos originais do século XV, incluindo o primeiro azulejo datado em Portugal. Na adega, os visitantes vêem as barricas onde se envelhece o moscatel de Setúbal, as linhas de engarrafamento e a parte mais industrial, onde se encontram as cubas de inox. Provar, só no final da visita. Aqui a conversa é outra. “Fala-se de métodos de produção de vinho, vinificações e envelhecimento”, conta Carina Gomes, da Quinta da Bacalhôa. Não tema o leitor, que o discurso é adaptado a leigos na matéria. Entre pipas e cubas, pode conhecer-se também parte da colecção Berardo de azulejos, que vai do século XVII ao XX. Onde há vinho há uva e, por isso, a visita à quinta inclui um passeio a pé pela vinha e a prova de um branco, um tinto e um moscatel. Nestes três dias em que as visitas são gratuitas, termina-se com um Bacalhôa Moscatel de Setúbal de 1999 e uma fatia de bolo-rei na mão.
Normalmente realizam-se visitas guiadas à Quinta e ao Palácio da Bacalhôa com marcação, de segunda a sábado. De segunda a sexta, a visita custa 5€, no sábado passa a 10€. Tanto as marcações para as datas gratuitas (20, 21 e 22) como para os restantes dias podem ser feitas através do 21 219 8060 ou pelo e-mail: visitas@bacalhoa.pt"

Fonte:
http://www.timeout.pt/news.asp?id_news=6346&
Imagem:
http://www.azeitao.net/quintas/bacalhoa.htm

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