20 de Agosto, 2014: Cinema - CASA INDEPENDENTE

às 21:30h
Casa Independente
Largo do Intendente 45, Lisboa

"Nas próximas 4ªs feiras, transformamos o nosso pátio num cinema ao ar livre e convidamos alguns dos nossos músicos preferidos a escolherem a dedo um filme para ser projectado em grande numa parede da Casa.

Escolhido por Tiago Sousa (www.tiagosousa.org).
A Sociedade do Espectáculo, de Guy Debord (1973), 88 min
Entrada livre
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O espectáculo apresenta-se como uma enorme positividade indiscutível e inacessível. Ele nada mais diz senão que «o que aparece é bom, o que é bom aparece». A atitude que ele exige por princípio é esta aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve pela sua maneira de aparecer sem réplica, pelo seu monopólio da aparência.
O carácter fundamentalmente tautológico do espectáculo decorre do simples facto de os seus meios serem ao mesmo tempo a sua finalidade. Ele é o sol que não tem poente, no império da passividade moderna. Recobre toda a superfície do mundo e banha-se indefinidamente na sua própria glória.
A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou superficialmente espectacular, ela é fundamentalmente espectaculista. No espectáculo, imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O espectáculo não quer chegar a outra coisa senão a si próprio.
Enquanto indispensável adorno dos objectos hoje produzidos, enquanto exposição geral da racionalidade do sistema, e enquanto sector económico avançado que modela directamente uma multidão crescente de imagens-objectos, o espectáculo é a principal produção da sociedade actual.

O espectáculo submete a si os homens vivos, na medida em que a economia já os submeteu totalmente. Ele não é nada mais do que a economia desenvolvendo-se para si própria. É o reflexo fiel da produção das coisas, e a objectivação infiel dos produtores."

Transportes
Metro: Martim Moniz
Autocarros: 708, 709, 711, 714, 732, 736, 737, 740, 746, 759, 760
Eléctricos: 12, 15, 28

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