Novembro, 2014 a Fevereiro, 2015: Programação - TEATRO NACIONAL D. MARIA II

Teatro Nacional D. Maria II
Praça D. Pedro IV (Rossio)
Lisboa

"EXERCÍCIO I: A ENCENAÇÃO DO PODER / O PODER DA ENCENAÇÃO
4 NOV 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Desde sempre o poder se encenou, sobretudo o poder político. Em todos os sistemas ao longo da História, com a ajuda de técnicas próximas das do teatro, têm sido ensaiadas diferentes formas de encenação, em função da estrutura das sociedades e da especificidade da conjuntura histórica. 
Como é que os sistemas políticos se apresentam? Que instrumentos e meios de comunicação utilizam os detentores de poder político e os grupos de interesses para influenciarem a opinião pública relativamente aos seus objetivos? Todos os sistemas desenvolvem as suas próprias iconografias, as revoluções também. As ditaduras do século XX constituem claros exemplos de encenação política com o objetivo de manipular a opinião pública. 
Atualmente a legitimidade da política passa cada vez mais por processos de comunicação, pelo que a política se torna cada vez mais suscetível de encenação, levando à marginalização da realidade fora dos media. Mesmo em democracia, é o poder das imagens que impera, não o dos cidadãos. 
Margarida Gouveia Fernandes
(Programadora dos Encontros Garrett)
com Eduardo Lourenço (Escritor e Ensaísta) e Francisco Seixas da Costa (Embaixador)
moderador António José Teixeira (Diretor da SIC Notícias)



O FADO DA TUA VOZ - AMÁLIA E OS POETAS
8 NOV 2014
17h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Esta edição, da autoria de Vítor Pavão dos Santos, é uma antologia dos poetas e dos poemas em língua portuguesa interpretados por Amália Rodrigues, ao longo de toda a carreira.
A obra tem uma recolha de mais de 300 poemas e de 100 poetas que são apresentados na sua relação com a fadista e enriquecidos com a contextualização no mundo do seu tempo, nomeadamente no mundo do espetáculo do qual Vítor Pavão dos Santos é apaixonado observador e de cuja história é reconhecidamente um dos nossos grandes especialistas.
Vítor Pavão dos Santos, em 1943, tinha quatro ou cinco anos, e estava num jantar com o seu pai quando conheceu e se apaixonou por Amália que vinha de vestido azul e cantou Carmencita. Gostava muito de desenhar para teatro, mas como era uma carreira profissional um pouco utópica decidiu escolher o curso de história. Licenciou-se em História mas acabou por optar pelo Teatro que sempre o acompanhou ao longo da vida.
de Vítor Pavão dos Santos
leitura de poemas por Henrique Feist
edição Bertrand Editora



TEATRO NACIONAL D. MARIA II: 7 OLHARES CRUZADOS SOBRE UM TEATRO DA NAÇÃO
11 NOV 2014
19h
ÁTRIO | ENTRADA LIVRE

Depois da obra em dois volumes preparada por Gustavo Matos Sequeira que cobre o período desde a sua origem até 1947, o D. Maria não voltou a ser objeto de estudo global. Com a presente obra procura-se oferecer um guia para entender o lugar simbólico que ele ocupa na história do teatro em Portugal e permite-se alargar o pensamento crítico sobre o seu papel na sociedade lisboeta e sobre a sua relevância e o seu legado no âmbito nacional. Sete especialistas foram convidados a escrever sobre o Teatro Nacional D. Maria II a partir de diferentes perspetivas: arquitetónica, legal, dramatúrgica, sociológica, artística, histórica e cultural. Recorrendo a ampla iconografia, deseja-se que este livro seja igualmente uma viagem através da memória visual, ajudando a recuperar figuras, espetáculos e documentos que a efemeridade do teatro quase apagou.
Maria João Brilhante
autores Maria João Brilhante (coordenação), Ana Isabel Vasconcelos, Cristina Faria, Francesca Rayner, Guilherme Filipe, Helena Serôdio, Isabel Vidal, Luís Soares Carneiro
edição TNDM II / INCM


A GALINHA VERDE
16 NOV 2014
11h30
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

A primeira obra de Ricardo Alberty foi o conto A Galinha Verde (1957) tendo ganho o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho, em 1958. Uma galinha verde, perante a má-língua das outras galinhas sobre a sua cor, consegue demonstrar que, apesar da diferença, é igual às outras, trabalhadora e boa mãe.
Ricardo da Costa Rosa e Alberty (1919-1992) frequentou o curso de Desenho e Pintura da Sociedade de Belas Artes e atuou pela primeira vez no TNDM II em 1952. Um dos autores mais profícuos da literatura infanto-juvenil, assim como de peças de teatro infantil e de fantoches, usa na sua obra uma linguagem imaginativa que capta a atenção dos mais jovens. Alberty teve ainda um importante papel como tradutor, tendo traduzido obras de grandes vultos como Shakespeare e Walt Disney. Adaptou clássicos como Grimm e até contos tradicionais da África, Tibete, Espanha ou México. 
A Pomba, uma das suas peças teatrais, é considerada o primeiro texto teatral para mimo escrito em Portugal e destinado a crianças.
de Ricardo Alberty
coordenadora da leitura Lúcia Maria
com Jorge Albuquerque, Lita Pedreira, Luís Geraldo e Maria Jorge
duração 1h
dirigido a Famílias com crianças até aos 12 anos

*Entrada livre sujeita à lotação disponível.
As crianças devem ser acompanhadas por 1 adulto.


PALAVRAS IBÉRICAS
18 NOV 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Poemas ditos e cantados de autores contemporâneos da poesia portuguesa, brasileira, espanhola e latino-americana, ao som de uma guitarra que evoca os sentimentos, cenários e histórias descritos, homenageando poetas como Natália Correia, Sophia de Mello Breyner, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles, Garcia Lorca, Nicolas Guillén, Alfonsina Storni, Pablo Neruda, entre outros. Na voz Júlia Lello, na guitarra João Roque.
coordenadora Júlia Lello
com Júlia Lello e João Roque


JOÃO D'ÁVILA
25 NOV 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

O percurso de João d’Ávila iniciou-se na década de 1950, e passa pelo teatro, o cinema, a televisão e também pela dança. Iniciou-se na dança e estudou ballet com Ruth Asvin antes de ingressar no Conservatório e de estudar na Royal Dance School, em Londres, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. João d'Ávila acabaria por regressar como bolseiro à capital inglesa, mas desta vez para estudar na London School of Dramatic Art, ingressando de seguida no London Theatre Group, sob a direção artística e encenação de Stephan Berkoff. Permaneceu na companhia inglesa, com a qual percorreu o mundo, entre 1964 e 1974. Em 1974, regressou a Portugal e levou à cena projetos próprios, destacando-se, por exemplo, Um Auto para Jerusalém, de Mário Cesariny. 
Tem trabalhado em companhias como A Comuna e A Barraca, mas também em várias séries na televisão. João d'Ávila tem tido ainda um importante papel na divulgação da poesia de língua portuguesa, nomeadamente de Fernando Pessoa.
conversa com Maria José Baião


EXERCÍCIO II: O INCÊNDIO DE 1964 - 50 ANOS DEPOIS
2 DEZ 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE
O Exercício II: O Incêndio de 1964 - 50 Anos depois foi cancelado. 

No âmbito do projeto Memória (1964) e a propósito da exposição que procura reconstituir a história do incêndio, o TNDM II convida o arquiteto Luís Soares Carneiro, a investigadora Isabel Vidal e o fotógrafo Paulo Catrica para, em conjunto, refletirem sobre a realidade patrimonial do edifício, à luz do que sabemos hoje da história geral das obras públicas nacionais, a sua incontornável dimensão simbólica e o lugar paradigmático que ocupa na história do Teatro português. Procuraremos debater também o impacto que o incêndio de 1964 teve na cidade de Lisboa, no país, nos seus públicos, e as expetativas que entretanto se criaram em torno do 'novo' teatro que voltaria a abrir as suas portas, em 1978, após catorze longos anos de obras de reconstrução, e a mudança de regime político que a Revolução de Abril entretanto instaurara. Importa contudo recuperar as memórias desse outro tempo, quer nas paredes do edifício quer nas pessoas, mas desta vez recorrendo à fotografia, para pensar e dar a ver essa memória coletiva de um teatro desaparecido e as memórias daquele terrível incêndio.
Cristina Faria (TNDM II)
com Isabel Vidal (Investigadora), Luís Soares Carneiro (Arquiteto) e Paulo Catrica (Fotógrafo)
moderadora Cristina Faria (TNDM II)
programadora dos Encontros Garrett Margarida Gouveia Fernandes


CARLOS QUINTAS
9 DEZ 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Ator, dramaturgo e encenador, Carlos Quintas profissionalizou-se no Teatro em 1975 ao lado de Laura Alves. Antes disso, aos 13 anos, já cantava e fazia teatro amador, mas foi na música que se distinguiu, inicialmente, vencendo até alguns prémios de interpretação, em Angola. Em 1978, foi o autor da música vencedora do Festival da Canção,Dai-Li-Dou. Vocês Sabem Lá foi, e é ainda hoje, um êxito. Seguiu a carreira de ator simultaneamente com a de cantor, passando a dedicar-se exclusivamente ao Teatro. Conta com mais de 50 peças representadas dos mais variadíssimos autores e estilos. Durante quatro anos, integrou o elenco residente do TNDM II. 
Nos últimos anos, dedicou-se com grande êxito ao género 'musical', nomeadamente em espetáculos como Godspell, Annie, A Severa, Amália, My Fair Lady, Música no Coração, West Side Story, A Gaiola das loucas, entre muitos outros. Participou de telenovelas e sitcoms para a televisão portuguesa. 
conversa com Fernando Dacosta


A ÚLTIMA ÁRVORE
14 DEZ 2014
11h30
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Maria Inês Almeida, escritora e jornalista, é a autora desta história simples e emotiva sobre a amizade entre uma árvore e um homem, sensibilizando os mais jovens para as causas ecológicas, mas também para a importância da ligação entre gerações.
Um rapazinho vai a caminho da escola e vê um velhote, que pensa estar a falar sozinho mas afinal está a falar...para uma árvore! A partir daqui desenrola-se uma história de amizade: do velho senhor por aquela árvore e fascínio e descoberta do mundo por parte do rapazinho. Afinal, aquele homem vem defender a sua amiga de toda a vida - a árvore, a última árvore, que querem abater - e acaba por sensibilizar toda a comunidade para a defesa daquele ser vivo, que é um autêntico tesouro e os faz unir a todos por uma causa.
Uma história inesquecível de amizade e amor à natureza que mobiliza toda a comunidade que fica contagiada por aquela magia, lutando em uníssono contra o abate daquela árvore.
de Maria Inês Almeida
coordenadora da leitura Lúcia Maria
com Atores do TNDM II
duração 1h
dirigido a Famílias com crianças até aos 12 anos

*Entrada livre sujeita à lotação disponível. 
As crianças devem ser acompanhadas por um adulto. 


OS JURAMENTOS INDISCRETOS
16 DEZ 2014
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Conforme as regras do séc. XVIII, dois jovens são destinados um ao outro para fazerem um casamento programado pelos pais sem o seu conhecimento e no interesse das respetivas famílias. Numa atitude de irreverência e revolucionando os costumes da época, decidem encontrar-se para declararem a respetiva indisponibilidade para esse casamento. Nesse encontro, porém, são surpreendidos pelo estranho sentimento de não aceitação da rejeição proposta pelo outro. Todo o resto da história é a tentativa da manutenção da fidelidade à palavra dada e a resistência a um amor que se vai impondo à maneira que se vão tentando explicar e supostamente afastar. Nesta luta entra uma irmã que se põe entre o par amoroso e vai fazendo crescer o ciúme e o sofrimento de amor. Entram uns criados que defendem os interesses dos amos enquanto defendem os seus. Resta analisar se as famílias não continuam a controlar e a conduzir os nossos afetos e as sociedades a condicionar as nossas opções. José Peixoto coordena a leitura desta comédia de Marivaux que levou à cena recentemente.
de Marivaux
tradução Maria João Brilhante
coordenador da leitura José Peixoto
com Adriana Moniz, Carla Chambel, Carlos Malvarez, José Peixoto, Jorge Silva, Nuno Nunes e Sara Cipriano


EXERCÍCIO III: LIVRE-ARBÍTRIO E RESPONSABILIDADE
6 JAN 2015
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Estamos habituados a pensar que somos livres para decidir e escolher os nossos atos. Não passará esta certeza de uma ilusão? Experiências na área das neurociências colocam dúvidas sobre a existência do livre-arbítrio, embora não exista consenso dos cientistas e dos filósofos quanto à interpretação dessas mesmas experiências. A discussão sobre este conceito é, aliás, muito antiga. O mais tardar desde Santo Agostinho que a existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na História da Filosofia e da Teologia e, mais recentemente, na História da Ciência.
Ao longo do processo histórico, a relação entre livre-arbítrio e responsabilidade tem passado pela discussão sobre a compatibilidade do determinismo e do indeterminismo com o livre-arbítrio. Somos simultaneamente livres (subjetivamente, no sentido de que a liberdade seria uma prática exigente, o livre arbítrio uma conquista difícil) e não livres (objetivamente, na medida em que somos uma parte da natureza, regidos pelas suas leis)?
Que implicações morais e que consequências para a sociedade, nomeadamente no Direito, teria a ausência do livre-arbítrio? Ou será o livre-arbítrio parte integrante da natureza humana, seguindo a afirmação de Jean-Paul Sartre "… nous ne sommes pas libres de cesser d’être libres”?
Margarida Gouveia Fernandes
(Programadora dos Encontros Garrett)
com Carlos Fiolhais (Professor da Universidade de Coimbra) e Guilherme d'Oliveira Martins (Presidente do Centro Nacional de Cultura)
moderadora Ana Gerschenfeld (Jornalista de Ciências do Público) 


GRAÇA LOBO
13 JAN 2015
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Graça Lobo estreou-se na Casa da Comédia no espectáculo Noites Brancas a partir de Dostoievski quando ainda era aluna do Conservatório. Integrou a companhia do Teatro Estúdio de Lisboa e do Teatro Experimental de Cascais, assim como a CPC ou o Teatro de Todos os Tempos. Interpretou textos de Pirandello, Giraudoux, Gombrowicz, Genet, Copi, Albee, Feydeau, tendo, entre outros, trabalhado com os encenadores Carlos Avilez e Victor Garcia.
Em 1979, fundou a Companhia de Teatro de Lisboa onde interpretou textos de Harold Pinter, James Joyce, Samuel Beckett, Miguel Esteves Cardoso, Noel Coward, Henrik Ibsen, Alan Ayckbourn, além das Cartas Portuguesasatribuídas a Mariana Alcoforado, espetáculo que fez carreira no TNDM II, São Luiz, La Mamma Experimental Theatre & Etc/New York, Festival Internacional de São Francisco (1980), Ljubljana (ex-Jugoslávia), Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Tóquio.
Gonçalo Ferreira de Almeida, que interpretou vários textos encenados pela atriz, é o interlocutor desta conversa.
conversa com Gonçalo Ferreira de Almeida


O ALFABETO DOS BICHOS
18 JAN 2015
11h30
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Através de rimas divertidas, José Jorge Letria dá-nos a conhecer em O Alfabeto dos bichos muitos animais, provenientes dos mais diversos meios. Esta é uma história que convida a criança a entrar no mundo animal de forma didática e divertida.
José Jorge Letria tem-se distinguido na poesia, no conto, no teatro e, sobretudo, na literatura para a infância e a juventude. Muitos se lembrarão dele como cantautor de intervenção na década de 70, mas também como jornalista, professor e dirigente associativo. Das quase duas centenas de títulos que publicou, mais de metade são de literatura infanto-juvenil. Foi um dos criadores do programa Rua Sésamo, na versão portuguesa, e autor de vários programas de rádio e televisão.
de José Jorge Letria
coordenadora da leitura Lúcia Maria
com Jorge Albuquerque, Lita Pedreira, Luis Geraldo e Maria Jorge
duração 1h
dirigido a Famílias com crianças até aos 12 anos

Entrada livre sujeita à lotação disponível.
As crianças devem ser acompanhadas por um adulto. 


"LÁ DE CIMA CÁ DE BAIXO" E "SE TU VISSES O QUE EU VI"
23 JAN 2015
15h
BIBLIOTECA DA IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA | ENTRADA LIVRE

Cá de cima cá de baixo é uma coletânea de poemas que pretende conquistar os jovens pela palavra e pela imagem. Nela podemos encontrar uma formiga que vai calada a ligeirinha, um baloiço que serve de mirante. As noites solitárias, os bichos. Os sonhos. A vida de todos os dias.
Se tu visses o que eu vi é uma obra muito divertida que faz sorrir pelo imprevisto das situações lidas e tantas vezes decoradas por milhares de pequenos leitores: "Se tu visses o que eu vi desatavas a fugir uma sardinha a mamar e um pinto a latir. Se tu visses o que eu vi ficavas de boca aberta uma cabra com sete rabos em cima de uma caneca". Este é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
António Mota, escritor e professor, é um dos mais reputados escritores para crianças. Desde A Aldeia das flores, o seu livro de estreia, até ao presente, António Mota tem-se dedicado à literatura para a infância, atravessando géneros literários distintos como a narrativa, o conto breve, a poesia e os jogos e rimas infantis. Com dezenas de livros escolhidos pelo Plano Nacional de Leitura, António Mota tem defendido que se "deve continuar a apostar na diversidade. Talvez faltem livros de teatro, para serem dramatizados pelos miúdos”. A imaginação e o sonho são duas componentes transversais a todos os seus livros. Uma obra que vive de ideias universais e até intemporais.
de António Mota
coordenadora da leitura Lúcia Maria
com Lita Pedreira e Maria Jorge
duração 1h
dirigido a Famílias com crianças até aos 12 anos
A leitura terá lugar na Biblioteca da IN-CM (Imprensa Nacional - Casa da Moeda). Entrada livre


EXERCÍCIO IV: A CRISE IDENTITÁRIA EUROPEIA
3 FEV 2015
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Apesar da energia catalisadora que o projeto União Europeia possa ter suscitado e da sedução da utopia que o enforma, não parece haver dúvidas que se encontra na crise mais profunda desde a sua criação. As crises financeira e económica, as alterações geopolíticas e questões de identidade e alteridade têm provocado novas tensões na União Europeia, onde as forças centrífugas dos interesses nacionais tendem frequentemente a superar e mesmo dominar as forças da integração política europeia. Contudo, face aos novos desafios e novos equilíbrios geopolíticos, a Europa torna-se mais pequena, no sentido da perda de influência e poder global experimentada pelas nações europeias, pelo que a União Europeia parece ser a única forma de assegurar às sociedades dos seus Estados-membros um papel global significativo. Quase sete décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial e de duas décadas e meia após a queda do muro de Berlim e a implosão da União Soviética, defrontamo-nos na Europa com uma crise de valores, que os "nãos” à Constituição Europeia transformaram numa crise institucional da União Europeia, colocando-nos perante uma situação complexa, plena de desafios e questões incontornáveis. A criação do euro, implementada sem o necessário aprofundamento político, agravou a crise existente, permitindo perigosamente o questionar do próprio projeto europeu. Ultrapassada a idade dos impérios e/ou ideias imperiais, a Europa procura encontrar e definir de novo a sua imagem e o seu destino. O alargamento tornou-a de facto uma potência continental. Tendo em consideração os problemas agudos de envelhecimento que enfrenta, será decisiva para o seu futuro a capacidade de inovação na resolução de questões identitárias e na gestão dos fluxos migratórios. Assistiremos a um reforço do papel de vanguarda política da Europa, nomeadamente na ajuda ao desenvolvimento e na política ambiental? Ou poderá ela tornar-se o "continente irrelevante”?
Margarida Gouveia Fernandes
(Programadora dos Encontros Garrett)
com António Vitorino (Advogado e ex-Comissário Europeu) e José Pacheco Pereira (Historiador)
moderador Paulo Magalhães (Jornalista da TVI)


ALBERTO VILLAR
10 FEV 2015
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Iniciou a sua atividade como amador, em Leiria, no Grupo de Teatro Miguel Joaquim Leitão. Profissionalmente, estreou-se na Companhia Rafael de Oliveira, onde permaneceu dois anos, percorrendo Portugal de Norte a Sul. Radicado em Lisboa, estreou-se na RTP como protagonista de O Alfageme de Santarém. Integrou diversas companhias, entre elas as de Vasco Morgado, Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro, Companhia de Teatro de Todos os Tempos, TEC, Companhia Rafael de Oliveira, Companhia Somos Dois + Um, como societário com Eunice Muñoz e José de Castro em 1970, Companhia de Mestre Francisco Ribeiro, Companhia de Filipe La Féria, entre outras. Na reabertura do TNDM II, ingressou no elenco como ator residente, exercendo paralelamente os cargos de Delegado da Direção, Diretor de Produção e Diretor de Cena. Dirige e integra, há mais de 20 anos, o projeto juvenil Viagens ao Interior do Teatro.
conversa com Nuno Lopes


"LÁ DE CIMA CÁ DE BAIXO" E "SE TU VISSES O QUE EU VI"
15 FEV 2015
11h30
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

Cá de cima cá de baixo é uma coletânea de poemas que pretende conquistar os jovens pela palavra e pela imagem. Nela podemos encontrar uma formiga que vai calada a ligeirinha, um baloiço que serve de mirante. As noites solitárias, os bichos. Os sonhos. A vida de todos os dias.
Se tu visses o que eu vi é uma obra muito divertida que faz sorrir pelo imprevisto das situações lidas e tantas vezes decoradas por milhares de pequenos leitores: "Se tu visses o que eu vi desatavas a fugir uma sardinha a mamar e um pinto a latir. Se tu visses o que eu vi ficavas de boca aberta uma cabra com sete rabos em cima de uma caneca". Este é um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura.
António Mota, escritor e professor, é um dos mais reputados escritores para crianças. Desde A Aldeia das flores, o seu livro de estreia, até ao presente, António Mota tem-se dedicado à literatura para a infância, atravessando géneros literários distintos como a narrativa, o conto breve, a poesia e os jogos e rimas infantis. Com dezenas de livros escolhidos pelo Plano Nacional de Leitura, António Mota tem defendido que se "deve continuar a apostar na diversidade. Talvez faltem livros de teatro, para serem dramatizados pelos miúdos”. A imaginação e o sonho são duas componentes transversais a todos os seus livros. Uma obra que vive de ideias universais e até intemporais.
de António Mota
coordenadora da leitura Lúcia Maria
com Lita Pedreira e Maria Jorge
duração 1h
dirigido a Famílias com crianças até aos 12 anos
*Entrada livre sujeita à lotação disponível. 
As crianças devem ser acompanhadas por um adulto.


MACBETH
24 FEV 2015
19h
SALÃO NOBRE | ENTRADA LIVRE

no âmbito do Projeto Memória (1964)
A saga implacável de um dos maiores heróis trágicos do teatro, Macbeth, foi escrita por William Shakespeare provavelmente em 1606. Esta tragédia foi escrita no mesmo período de outras das maiores tragédias shakespearianas, como Júlio César, Hamlet, Rei Lear ou Otelo. Inspirado nos acontecimentos da Escócia dos séculos X e XI, Shakespeare cruza na peça dois factos históricos: o assassínio do rei Duff, e o assassínio de Duncan por Macbeth e o seu posterior reinado.
Macbeth é apresentada no âmbito de projeto Memória (1964), recuperando a memória de um Teatro Nacional que ardeu quando esta mesma peça estava em cena. Este texto de Shakespeare, envolto em superstições teatrais, é também uma história que nos faz refletir sobre o amor e o poder como elementos-chave do destino do Homem.
de William Shakespeare
tradução Manuel Bandeira
coordenador da leitura João Grosso
com Manuel Coelho, José Neves, Paula Mora, Lúcia Maria, Maria Amélia Matta e jovens atores"

Transportes - Teatro Nacional D. Maria II
Metro: Terreiro do Paço, Baixa-Chiado, Rossio
Autocarros: 709, 711, 714, 732, 735, 736, 758, 759, 760, 781, 782
Eléctricos: 12, 15, 25, 28
Barco: Terreiro do Paço, Cais do Sodré 
Comboio: Cais do Sodré, Rossio, Santa Apolónia

Transportes - Biblioteca IN-CM (Imprensa Nacional-Casa da Moeda)
Metro: Saldanha
Autocarros: 713, 716, 718, 720, 722, 726, 727, 736, 738, 742, 744, 767, 783, 798
Comboio: Entrecampos

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