24 de Junho a 3 de Julho, 2016: Fundação Gulbenkian - JARDIM DE VERÃO


Fundação Calouste Gulbenkian
Avenida de Berna 45 A, Lisboa


Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
Rua Dr. Nicolau de Bettencourt, Lisboa

*ENTRADA GRATUITA, sujeita à lotação do espaço e mediante levantamento de bilhete no próprio dia, no horário de funcionamento das bilheteiras.



Horário de funcionamento das bilheteiras
EDIFÍCIO SEDE (Av. de Berna, 45-A)
De segunda a sexta-feira:10h00 às 19h00;
sábados: 10h00-17h30 e 1h00 antes dos espetáculos;
domingos:10h00-19h00 nos dias dos espetáculos.

EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA (Rua Dr. Nicolau de Bettencourt)
Quarta a segunda: 10h00-17h45 e 1h00 antes dos espetáculos;
terça-feira (dia 28 de junho): 1h00 antes do espetáculo


OBSERVAÇÃO
Nas sessões de leitura e workshops dirigidos ao público infantil,
é obrigatório o acompanhamento das crianças por um adulto
durante toda a sessão. A entrada para as sessões de leitura será
feita pela Sala 2 do Edifício Sede.

Programa
24 de Junho
1001 VIAGENS
Danças Arménias com Shakeh e Trio Dellalian
18H30 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – NAVE
ENTRADA GRATUITA*
1001 Viagens conta a história da Diáspora Arménia através da música e da dança. Numa 1ª parte são apresentados solos coreografados pela bailarina Shakeh Major Tchilingirian, acompanhada pelo Trio Dellalian (piano, violino, violoncelo). Os temas escolhidos refletem essas viagens coletivas e individuais, que começaram há séculos. São “a esperança para a humanidade” e “a celebração da própria vida”. Numa 2ª parte, Shakeh convidará o público a participar no Círculo da Vida, completando a noite com duas danças tradicionais arménias. Duração: 1h15.

1001 viagens é um espectáculo que conta a história da Diáspora Arménia através da música e dança. Numa primeira parte serão apresentados solos coreografados pela bailarina Shakeh Major Tchilingirian acompanhada pelo trio Dellalian. Os temas reflectem essas viagens colectivas e individuais que começaram há séculos atrás. São a esperança para a humanidade e a celebração da própria vida. Na segunda parte Shake convidará o público a participar no “Circle of Life” completando a noite com 2 danças tradicionais arménias.
Dellalian Trio
Nariné Dellalian (violino)
Levon Mouradian (violoncelo)
Marina Dellalyan (piano).


25 de Junho
LEITURAS
DIA PARA VIRAR O MUNDO DE PERNAS PARA O AR
MARTA MADUREIRA
Manhãs para crianças
10H30 / ROSEIRAL/SALA 2 / ENTRADA GRATUITA*
Primeira de quatro manhãs (25 e 26 junho, 2 e 3 julho) imaginadas para a infância, em que se contam histórias, cruzando a literatura e a música com outras disciplinas, sem esquecer a dimensão lúdica das criações para a infância e o modo como podem inspirar os mais novos. Nesta sessão, Marta Madureira vai contar a primeira história do livro O País das Pessoas de Pernas para o Ar, de Manuel António Pina, e partilhar a aventura que foi ilustrar um livro mais "velho" do que ela.
Dos 7 aos 12 anos. Máx. 20 crianças. Duração: 2h.

MÚSICA
SEXTETO DE VIOLONCELOS DA ORQUESTRA GULBENKIAN
13H00 / PINHAL 17H00 / NA MARGEM ENTRADA LIVRE
Duração: 1h00.
Partindo da versatilidade e riqueza sonora do violoncelo, este ensemble vai explorar um repertório variado e festivo, adaptando temas de grandes compositores como Manuel de Falla, George Gershwin e Henry Mancini, entre outros.
Glenn Miller
Moonlight Serenade
C. Chaplin
Smile
Manuel de Falla
Canciones Populares
I. Albeniz
Sevilla
H. Mancini
Pink Panther
A. Piazzola
Libertango
Bastinho Calixto
Toque de Fole
Baden Powell
Apelo
S. Barros
Sonoroso
P. Mascagni
Cavalaria Rusticana “Intermezo”
N. Paganini
Capricho nº24
L. Armstrong 
What a Wonderful World
G. Gershwin
Summertime


Com 
Varoujan Bartikian
Marco Pereira
Martin Henneken
Levon Mouradian
Raquel Reis
Jeremy Lake

WORKSHOPS
DESENHAR A MÚSICA
NINA GRIGORYAN
15H00 / PINHAL I / ENTRADA GRATUITA*
Um exercício que pretende ajudar a libertar o pensamento criativo e cativar a atenção e interesse pela música arménia, desde os tempos pagãos até aos nossos dias. Ao transformar as emoções provocadas pela música numa explosão de cores, o processo de tentar desenhar a música permite perceber e interiorizar de forma mais profunda o conteúdo das obras musicais.
Maiores de 16 anos. Máx. 30 participantes. Duração: 1h30.

LEITURAS
A IDENTIDADE
DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA
Para Jovens
15H00 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
Djaimilia Pereira de Almeida lê excertos do seu livro Esse Cabelo (Ed. Teorema), para lançar a questão: Como é que uma jovem que nasceu em Luanda (Angola) e cresceu nos arredores de Lisboa chegou "atrasada à sua pele”?
A partir dos 13 anos. Máx. 20 participantes. Duração 1h30.

MÚSICA
MODINHAS LUSO-BRASILEIRAS
Com Os Músicos do Tejo: Sandra Medeiros (soprano), Marco Oliveira (viola e voz) e Marcos Magalhães (cravo e direção musical)
16H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
Obras de Marcos Portugal, José Maurício, António da Silva Leite, Francisco Xavier Batista e Rafael Coelho Machado. Duração
aprox.: 1h00.
Na viragem para o século XIX, Portugal e o Brasil partilham um género original de canção de salão que cria pontes entre a música erudita e as canções e danças de raiz popular. Obras de Marcos Portugal, José Maurício, António da Silva Leite, Francisco Xavier Batista e Rafael Coelho Machado.
Vitorino José Coelho
Avezinha
António José do Rego 
Frescas Praias do Barreiro
José Acuña
Os laços d’ Amor
António da Silva Leite
Desprezar do mundo a glória 
Amor concedeu-me um prémio
Carlos Seixas 
Andante da Sonata em Mi menor
Francisco Xavier Baptista
É somente a minha vida sempre penar e sofrer
Anónimo 
Foi por mim, foi pela sorte 
Raphael Coelho Machado
Fenece doce esperança (modinha)
Anónimo
Hei-de amar-te até morrer! 
Carlos Seixas
Sonata nº 16 em dó menor para cravo
José Joaquim Lodi
Sem ciúmes, sem suspeitas
Jozé Mesquita 
“Ternas aves”, Moda a Duo del Signor Joze de Mesquita
Marcos António Portugal 
Você trata amor em brinco
José Maurício 
Que fiz eu à natureza
Anónimo
os efeitos da ternura

26 de Junho
LEITURAS
DIA PARA DANÇAR
JOÃO FAZENDA
Manhãs para crianças
10H30 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
Dos 7 aos 12 anos. Máx. 20 crianças. Duração: 2h00.
João Fazenda conta o que lhe passou pela imaginação quando desenhou Dança, um livro sem palavras que permite que cada um crie a sua própria história. Nesta sessão, João Fazenda irá, também, ler o livro Dançar nas Nuvens, de Vanina Starkoff, comentando as ilustrações e o modo como se relacionam palavras e desenhos.

MÚSICA
ENSEMBLE DE METAIS DA ORQUESTRA GULBENKIAN
13H00 / PINHAL 17H00 / NA MARGEM ENTRADA LIVRE
Duração: 1h00.
Do século XVII até ao século XX, este ensemble apresenta um repertório diversificado que vai de George Frideric Handel (Arrival of the Queen of Sheba) até Zequinha de Abreu (Tico-tico no Fubá), passando por William Byrd (The Earle of Oxfords March) e Chris Hazell (Three Brass Cats).
Michail Goleminov 
Gladiator 
Bach
Prelúdio da 1a Suite para violoncelo ( marimba)
João Pedro Oliveira 
Broken Loops 
J. S. Bach
Corais a 4 vozes (marimba) 
Russell Peck 
Lift Off
M. Burtner 
Sxueak


Com
Stephen Mason, David Burt, Paulo Carmo e Alfredo Lopes (trompetes)
Gabriele Amarù (trompa)
André Conde, Rui Fernandes e Paulo Alves (trombones)
Pedro Canhoto (trombone baixo)
Amílcar Gameiro (tuba).

LEITURAS
LEITURAS DISPERSAS
PEDRO LAMARES E FINALISTAS 1ª EDIÇÃO CONCURSO DÁ VOZ À LETRA
Para jovens
15H00 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
A partir dos 13 anos. Máx. 20 participantes. Duração: 1h30.
Como um maestro, Pedro Lamares conduz um conjunto de leitores que, num exercício de intimidade entre quem lê e quem ouve, demonstra que ler em voz alta é um prazer e uma excelente forma de comunicação. O grupo de leitores inclui finalistas 1ª edição concurso Dá Voz à Letra e elementos do público que quiserem participar. Nesta sessão também se falará sobre a importância da leitura e sobre os benefícios, as vantagens e as alegrias que ler em voz alta nos concedem.

WORKSHOPS
DESENHAR A MÚSICA
NINA GRIGORYAN
Um exercício que pretende ajudar a libertar o pensamento criativo e cativar a atenção e interesse pela música arménia, desde os tempos pagãos até aos nossos dias. Ao transformar as emoções provocadas pela música numa explosão de cores, o processo de tentar desenhar a música permite perceber e interiorizar de forma mais profunda o conteúdo das obras musicais.
15H00 / PINHAL I / ENTRADA GRATUITA*
Dos 6 aos 14 anos. Máx. 30 participantes. Duração: 1h30.

MÚSICA
FADOS DE TRADIÇÃO
Com Tânia Oleiro (voz), António Vasco Moraes (voz), Dinis Lavos (guitarra portuguesa) e Carlos Manuel Proença (viola)
16H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
Obras de Alfredo Marceneiro, Joaquim Campos, Armandinho e outros. Duração: 1h00.
Na tradição fadista uma mesma melodia pode cantar-se com diferentes poemas. Entre as décadas de 1920 e 50 o Fado profissionaliza-se na nova rede das casas de Fado, e o repertório alarga-se pela colaboração intensa de novos compositores e novos poetas populares. Obras de Alfredo Marceneiro, Joaquim Campos, Armandinho e outros.

Com
Tânia Oleiro (voz)
António Vasco Moraes (voz)
Dinis Lavos (guitarra portuguesa)
Carlos Manuel Proença (viola).

MÚSICA
SACRED SOUNDS WOMEN’S CHOIR
18H30 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – NAVE
ENTRADA GRATUITA*
Constituído por cerca de 40 coralistas de Manchester, de diferentes credos, este grupo coral feminino apresenta uma seleção de canções em várias línguas e de várias origens, reflexo da diversidade que caracteriza o ensemble. Serão ouvidos cantos pagãos, turcos, gospel, hindus, cristãos, celtas, budistas e canções dos Balcãs, entre outras sonoridades. Uma viagem espiritual pelo mundo. Direção coral: Beth Allen. Duração: 50 min.

CINEMA
FILMES DA COLEÇÃO MODERNA
Vários artistas
22H00 / ANFITEATRO AO AR LIVRE / ENTRADA GRATUITA*
Primeira de duas noites (26 e 30 junho) de projeção dedicadas aos filmes do Museu Calouste Gulbenkian/Coleção Moderna, com obras de Vasco Araújo, João Onofre, João Tabarra, João Paulo Feliciano, Jane & Louise Wilson, Fernando José Pereira, Pedro Barateiro e Lida Abdul. Duração: 1h25.
O LUGAR DA VOZ (10 filmes)
A Voz do Canto:
Duettino, de Vasco Araújo; Instrumental Version (2001), de João Onofre; Untitled (n’en finit plus), 2010/11, de João Onofre.
A Voz do Silêncio:
Please don’t go (2004), de João Tabarra; Hereditas (2006), de Vasco Araújo.
A Voz Hipnótica:
Mind your own business (1991), de João Paulo Feliciano; Hypnotic Suggestion 505 (1993), de Jane & Louise Wilson;
A Voz Off:
The man who wanted to collect Time (2012), de Fernando José Pereira; The Current Situation (2015), de Pedro Barateiro;
A Voz Delirante:
White Horse (2006), de Lida Abdul.


27 de Junho
CONFERÊNCIAS
CONVERSA SOBRE HISTÓRIA E CULTURA ARMÉNIA
18H30 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA
POLIVALENTE H / ENTRADA GRATUITA*
Com uma extensa história e uma cultura rica, os arménios encontram-se hoje dispersos pelo mundo. A Arménia tornou-se independente da União Soviética em 1991, mas actualmente a República continua a enfrentar vários desafios no contexto pós-soviético. Nesta conversa vão ser debatidos alguns elementos-chave da história e cultura arménia, sublinhando os esforços dos Arménios da Diáspora na preservação da sua língua e da sua identidade. Calouste Gulbenkian era um arménio de Istambul. Mas o que quer dizer “ser Arménio” em pleno seculo XXI?
Com Razmik Panossian e outros participantes. Moderação de António Loja Neves. Duração: 1h00.

MÚSICA
CONCERTO DE DUDUK
ODE A NAIRI (ANTIGA ARMÉNIA)
Com Aram Ipekdjian e Irma Tougjian
20H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA* / Duração: 45 min.
A riqueza da cultura musical arménia traduz-se numa grande variedade de instrumentos musicais tradicionais, sendo que um dos mais conhecidos e antigos é o duduk. É um instrumento de sopro reconhecido pela Unesco como património histórico e cultural da humanidade. Este instrumento representa verdadeiramente a alma do povo arménio e a sua sonoridade incomparável é conhecida mundialmente. Este concerto inclui obras para duduk solo e duduk com piano, com destaque para a música religiosa, medieval e tradicional arménia.

Com
Aram Ipekdjian (duduk)
Irma Toudjian (piano)

CINEMA
AS MIL E UMA NOITES – Volume 1, O Inquieto
MIGUEL GOMES
2014 / 125 min.
22H00 / ANFITEATRO AO AR LIVRE G / ENTRADA GRATUITA*
Um realizador propõe-se a construir ficções a partir da realidade de um país europeu em crise – Portugal. Incapaz de descobrir um sentido para o seu trabalho, foge cobardemente, dando o seu lugar à bela Xerazade. Ela precisará de ânimo e coragem para não aborrecer o Rei com as tristes histórias desse país. Com o passar das noites, a inquietude dá lugar à desolação e a desolação ao encantamento.


28 de Junho
CINEMA
AS MIL E UMA NOITES – Volume 2, O Desolado
MIGUEL GOMES
2014 / 131 min.
22H00 / ANFITEATRO AO AR LIVRE G / ENTRADA GRATUITA*
Neste segundo volume, Xerazade narra como a desolação invadiu os homens: “Oh venturoso Rei, fui sabedora de que uma juíza aflita chorará em lugar de ditar a sua sentença, na noite de três luares. Um assassino em fuga vagueará pelas terras interiores durante mais de quarenta dias e teletransportar-se-á para fugir à Guarda, sonhando com putas e perdizes. Lembrando-se de uma oliveira milenar, uma vaca ferida dirá o que tiver a dizer e que é bem triste! Moradores de um prédio dos subúrbios salvarão papagaios e mijarão em elevadores, rodeados por mortos e fantasmas; mas também por um cão que…”. E vendo despontar a manhã, Xerazade calou-se.


29 de Junho
CONFERÊNCIAS
OS ARMÉNIOS E A PRODUÇÃO DE TAPETES:
TRÊS MILÉNIOS DE PAIXÃO
Por Dickran Kouymjian
18H00 / AUDITÓRIO 3 A / ENTRADA LIVRE
O mais antigo tapete de nó foi descoberto na escavação de um monte funerário gelado em Pazyryk, em 1949, por Sergei Rodenko. O seu lugar de origem tem sido alvo de discussão desde a sua descoberta: muitos atribuem-no à Pérsia Aqueménida; outros têm sugerido que terá sido executado c. 500 a.C. no Cáucaso, provavelmente na Arménia, tendo sido levado para o norte gelado pelos Cítios na sequência de uma das suas incursões pelo sul. Não é ainda possível demonstrar que este tapete tenha sido produzido por arménios, mas o facto de importantes especialistas terem sugerido essa possibilidade demonstra a importância da Arménia na história da produção de tapetes. Assim, ao considerarmos os famosos tapetes Kum Kapi, produzidos em Constantinopla no final do século xix e no início do século xx, por mestres tapeceiros arménios como Hagop Kapoudjian, talvez seja importante sublinhar o papel fundamental dos artesãos arménios na arte da tecelagem da Ásia Menor, até à dramática interrupção desta arte milenar causada pelo genocídio de 1915-1916. Hagop Kapoudjian é uma figura emblemática deste património perdido e a sua história merece maior divulgação, especialmente em Portugal, visto que Calouste Gulbenkian terá sido fundamental no apoio e patrocínio do seu talento.
CINEMA
AS MIL E UMA NOITES – Volume 3, O Encantado
MIGUEL GOMES
2014 / 125 min.
22H00 / ANFITEATRO AO AR LIVRE G / ENTRADA GRATUITA*
No terceiro e último volume desta trilogia, Xerazade duvida que ainda consiga contar histórias que agradem ao Rei, dado que o que tem para contar pesa três mil toneladas. Por isso foge do palácio e percorre o Reino em busca de prazer e encantamento. O seu pai, o Grão-Vizir, marca encontro com ela na roda gigante, e Xerazade retoma a narração: “Oh venturoso Rei, fui sabedora que em antigos bairros de lata de Lisboa, existia uma comunidade de homens enfeitiçados que, com rigor e paixão, se dedicava a ensinar pássaros a cantar…”. E vendo despontar a manhã, Xerazade calou-se.

30 de Junho
DANÇA
SAR (Dança moderna de Istambul)
Com Mihran Tomasyan e Saro Usta
20H30 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA* / Duração: 45 min.
Performance interpretada por dois amigos que cresceram juntos no bairro de Kurtuluş, em Istambul. Agora com 30 anos, recorrem à música, ao movimento e ao papel para evocar as suas memórias e questionar o seu futuro, os seus sonhos e desafios.

“Escolhes a planta, decides qual o melhor lugar para ela, preparas a terra, rega-la pela primeira vez, voltas-lhe as costas e vais embora, passam dias, talvez semanas, vieram as chuvas, depois a neve, os ventos sopraram, de vez em quando vais ver se está tudo bem, cresceu até à tua altura, aguentou-se bem, as suas raízes podiam ir até à eternidade, depois veio a Primavera e depois veio o Verão, o sol nasceu, a lua pôs-se, Vénus apareceu, tu já tinhas morrido, quem sabe onde acordaram os teus netos, alguns partiram, os que chegaram tinham partido de outras paragens, não funcionou, algumas coisas correram mal, a árvore cresceu, dantes havia uma casa no horizonte, depois havia três casas, depois cinco, depois quinhentas, houve assassínios à sua sombra, e claro, alguns beijos também, alguns nunca se deram conta de que ela estava ali, e alguns deram-lhe água. Depois cortaram-na. E ainda bem que o fizeram porque o pavimento não tinha largura suficiente. Esta performance foi criada em torno da incompreensão do mundo, da humanidade, das montanhas, da terra e do céu. Não tem nada a ver com a árvore mencionada anteriormente. O que interessa é o lugar onde os netos acordam. Disfrutem do espetáculo.”
Conceção e interpretação
Mihran Tomasyan & Saro Usta


Desenho de luz
Cem Yılmazer
Técnico de Luz 
Serhat Utku İnan
Apoio técnico
İrem Avcı, Berkant ‘Doktor’ Kılıçkap, Yasin Gültepe
Fotografia
Engin İriz

CINEMA
Vários artistas
AMADEO DE SOUZA-CARDOSO. O ÚLTIMO SEGREDO DA ARTE MODERNA
22H00 / ANFITEATRO AO AR LIVRE G / ENTRADA GRATUITA*
Segunda noite de projeção dedicada aos filmes do Museu Calouste Gulbenkian/Coleção Moderna, com obras de Fernando José Pereira, Noé Sendas, Jan Fabre, Bruno Pacheco, Pedro Cabral Santo, Rui Calçada Bastos, Rui Valério e António Olaio. Duração: 60 min
Após um breve intervalo, será projetado o documentário “Amadeo de Souza-Cardoso. O último segredo da arte moderna” (2016), de Christophe Fonseca, realizado no contexto da exposição Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), no Grand Palais, em Paris, até 18 de julho de 2016. Duração: 52 min.
ESTADO DE ALERTA (4 filmes)
Em Estado de Alerta:
Art statement#61 – stay alert (as condition to work), 2011, de Fernando José Pereira

Em Fuga:
Pursuit, Left Running (2000), de Noé Sendas

Em Luta:
Lancelot (2004), de Jan Fabre

Em Rendição:
Surrendering after Hamish (2004), de Bruno Pacheco

LUGARES DA OBRA (6 filmes)
No Museu:
The Turner PIC (2005/2007), de Pedro Cabral Santo

No Ateliê:
Studio Contents (2004), de Rui Calçada Bastos

Na Cidade:
The Mirror Suitcase Man (2004), de Rui Calçada Bastos

Na Memória:
Historia de la Música Rock (2002), de Rui Valério

Na Performance:
Left (L)overs (2004), de Rui Calçada Bastos; e Kuenstlerleben (2010), de António Olaio

Curadoria: Leonor Nazaré
 Após um breve intervalo, será projetado o documentário Amadeo de Souza-Cardoso. Le dernier secret de l’art moderne (2016), de Christophe Fonseca, realizado no contexto da exposição Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), no Grand Palais, em Paris, até 18 de julho de 2016.

Duração: 55 min (1ª parte) + 52 min (2ª parte)


01 de Julho
WORKSHOPS
UMA VIAGEM ENTRE SONS
Canto modal arménio com Aram e Virginia Kerovpyan
13H30 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
O principal objectivo deste workshop é consciencializar o publico para o canto modal. O trabalho progressivo começa por entoar um som em conjunto, que conduz a vários sons numa relação natural, acabando no canto litúrgico arménio.
Máx. 30 participantes. Duração: 3h00.
O conceito de “modo” é transversal à música em todas as culturas. As diferentes formas de organizar os sons que lhe servem de matéria-prima remetem para ambientes sonoros distintos que, complementadas por uma forte componente de rito, se revelam capazes de induzir diferentes estados de consciência. Este workshop procura introduzir os participantes ao canto modal, tal como praticado na tradição Arménia, através da preparação vocal e da aprendizagem de cantos litúrgicos arménios. Os participantes podem ou não ter formação musical. Os resultados desta aprendizagem serão apresentados no concerto com o Akn Ensemble às 19h, na Nave do Museu Calouste Gulbenkian/Coleção Moderna.

CINEMA
SINGING IN EXILE
Salvatore Finocchiaro e Nathalie Rossetti
2014 / 72 min.
17H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
Um filme que segue a família Kerovpyan numa viagem à sua terra ancestral na Turquia de hoje, acompanhada pormembros do Instituto Grotowski de Wroclaw, Polónia. O canto torna-se, assim, a língua da criação e da partilha, o sopro da vida. Legendado em português.
O casal de arménios da Diáspora Aram e Virginia Kerovpyan têm como objetivo transmitir uma tradição de canto litúrgico modal, património que remonta ao século V e ameaçado de desaparecimento. Levam jovens atores europeus e o seu encenador Jaroslaw Fret, do Instituto Grotowski de Wroclaw (Vratislávia), numa viagem iniciática sobre os lugares, como a Turquia, onde essa arte ainda existe. O canto torna-se, assim, a língua da criação e da partilha, o sopro da vida.

MÚSICA
ENSEMBLE DE PERCUSSÃO GULBENKIAN
17H00 / NA MARGEM F / ENTRADA LIVRE / Duração: 1h00.
Obras de João Pedro Oliveira, Bach, N. Martyncyow, S. Reich e M. Burtner.
Michail Goleminov 
Gladiator 
Bach
Prelúdio da 1a Suite para violoncelo ( marimba)
João Pedro Oliveira 
Broken Loops 
J. S. Bach
Corais a 4 vozes (marimba) 
Russell Peck 
Lift Off
M. Burtner 
Sxueak


Com
Rui Sul Gomes
Nuno Aroso
Duarte Santos

MÚSICA
CANTO LITÚRGICO ARMÉNIO
COM AKN ENSEMBLE
19H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – NAVE
ENTRADA GRATUITA* / Duração: 1h00.
Cantos dedicados à Ressurreição, com a participação do workshop sobre canto modal.
Concerto do Akn Ensemble, do qual fazem parte Aram e Virginia Kerovpyan, com os participantes do workshop sobre canto modal.


02 de Julho
LEITURAS
DIA PARA DESCOBRIR O QUE ACONTECE ENQUANTO O MEU CABELO CRESCE
ISABEL MINHÓS MARTINS
Manhãs para crianças
10H30 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
Dos 8 aos 14 anos. Máx. 20 crianças. Duração: 2h00.
Isabel Minhós Martins, autora com Madalena Matoso do livro Enquanto o meu cabelo crescia, vai contá-lo aos participantes. Mais tarde, serão eles a inventar histórias sobre personagens com ou sem cabelo.

MÚSICA
QUARTETO DE CORDAS ARMÉNIO
Artur Muradyan, Hrayr Karapetyan, Sevak Avanesyan e Hrachya Avanesyan - Concerto comentado para famílias
13H00 / PINHAL I / ENTRADA LIVRE / Duração: 1h00.
Uma oportunidade para aprender, de forma divertida, sobre os instrumentos e os compositores, com música de Mozart (Eine Kleine Nachtmusik), Beethoven (Minuet), Saint Saens (Carnival des Animaux), Komitas Aslamazyan (Armenian Folk Miniatures), G. Bizet (Carmen) e Carlos Gardel (Tangos de Buenos Aires).

Com
Hrachya Avanesyan (1º violino)
Hrayr Karapetyan (2º violino)
Artur Mouradian (viola)
Sevak Avanesyan (violoncelo).

WORKSHOPS
HERANÇA E CULTURA ARMÉNIA
Com Vahe Tachjian, Shogher Margossian e Movses Hrayr Der Kevorkian (Associação Houshamadian)
14H30 / PINHAL I / ENTRADA GRATUITA*
WORKSHOPS
Para todas as idades. Máx. 30 participantes. Duração: 1h30.
Debate dinâmico com o público sobre objetos históricos, relacionando os mesmos com memórias, que inclui um exercício musical coletivo e uma demonstração culinária.

LEITURAS
A FELICIDADE
DAVID MACHADO
Para jovens
15H00 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
A partir dos 13 anos. Máx. 20 participantes. Duração: 1h30.
Numa conversa informal, David Machado parte do seu romance Índice Médio de Felicidade (ed. Dom Quixote) para abordar temas relacionados com a Literatura e a Felicidade.

MÚSICA
CANÇÃO DE CÂMARA
Com Ana Paula Russo (soprano) e Nuno Vieira de Almeida (piano)
16H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
Obras de Viana da Mota, Francisco de Lacerda, Fernando Lopes Graça, Filipe de Sousa e Joly Braga Santos. Duração: 1h00.
Do Nacionalismo romântico de finais do século XIX às várias correntes do Modernismo da primeira metade do século XX emerge um novo género de canção de câmara em português, combinando correntes cosmopolitas e raízes nacionais tradicionais.

MÚSICA
COLLECTIF MEDZ BAZAR
17H00 / NA MARGEM F / ENTRADA LIVRE
Este coletivo de músicos cruza os instrumentos de percussão do Médio-Oriente com as vozes parisienses de várias origens (Arménia, Turca e Franco-Americana).
Com Ezgi Sevgi Can (clarinete, saxofone), Raffi Derderyan (percussão), Shushan Kerovpyan (contrabaixo), Vahan Kerovpyan (percussão), Elâ Nuroglu (percussão), Sevana Tchakerian (acordeão e shvi), Violette Boulanger (violino). Duração: 1h00.
Este coletivo de músicos representa uma junção harmoniosa entre os instrumentos temperados (de som fixo) e as músicas baseadas na tradição modal, cruzando os instrumentos de percussão do Médio-Oriente com as vozes parisienses de várias origens (Arménia, Turca e Franco-Americana) e procurando a inspiração na música folclórica da Ásia Menor e do Irão, nos ritmos da Trácia, na música venezuelana, no hip-hop, jazz e bluegrass, entre outras.

03 de Julho
LEITURAS
DIA PARA IMAGINAR GRANDES E DESCONCERTANTES COISAS
ANDRÉ LETRIA
Manhãs para crianças
10H30 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
Inclui espetáculo 4 Mãos, com Filipe Raposo (piano) e António Jorge Gonçalves (ilustração)
Dos 7 aos 12 anos. Máx. 20 crianças. Duração: 2h00.
Leitura de Grande Coisa, de William Bee, e Incómodo, de André Letria, contados por André Letria, que vai também falar sobre a relação dos desenhos com as palavras nos álbuns ilustrados.

Segue-se o espetáculo 4 Mãos, com Filipe Raposo (piano) e António Jorge Gonçalves (ilustração). Para assistirem a este espetáculo, as crianças terão que encontrar uma “coisa extraordinária” que o André vai esconder no Roseiral.

MÚSICA
QUARTETO DE CORDAS ARMÉNIO - Artur Muradyan, Hrayr Karapetyan, Sevak Avanesyan e Hrachya Avanesyan
13H00 / PINHAL I / ENTRADA LIVRE / Duração: 1h00.
String Quartet n.º2 de A. Borodin e Armenian Folk Miniatures de Aslamazyan-Komitas.

WORKSHOPS
QUEM SÃO OS ARMÉNIOS?
14H30 / PINHAL I / ENTRADA GRATUITA*
Com Maral Kerovpyan e Ana Madureira.
Para famílias. Máx. 30 participantes. Duração: 1h30.
Baseado no livro para crianças Quem são os Arménios? (disponível na livraria da Fundação Calouste Gulbenkian), este workshop é orientado por Maral Kerovpyan, artista e coautora do livro, e por Ana Madureira, artista e atriz. O público terá a oportunidade de descobrir a língua e a música arménia através de jogos e canções, explorando o alfabeto arménio para aprender a escrever os seus nomes, desenhar cativantes bird-letters (cartas com asas) e aprender uma dança.

LEITURAS
PIQUENIQUE / “NO MELHOR TEXTO CAI A NÓDOA”
Para jovens
15H00 / ROSEIRAL/SALA 2 D / ENTRADA GRATUITA*
A partir dos 13 anos. Máx. 20 participantes. Duração: 1h30.
NÓDOA é um coletivo composto por Filipe Homem Fonseca, João Morales, Diogo Picão e Paula Cortes, que junta a leitura de grandes textos à música, quer seja pelo valor dos autores envolvidos, a oportunidade de algumas efemérides, a surpresa de certos textos esquecidos, a divulgação dos nomes obrigatórios da nossa Literatura, ou mesmo pelo prazer de dar novos corpos ao texto e fazê-lo viver em palco. Desta feita, será em jeito de piquenique…

MÚSICA
CANÇÕES DE INTERVENÇÃO
Com Mariana Abrunheiro (voz) e Ruben Alves (piano)
16H00 / EDIFÍCIO COLEÇÃO MODERNA – SALA POLIVALENTE
ENTRADA GRATUITA*
Obras de José Afonso, Carlos Paredes, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, entre outros. Duração: 1h00.
Primeiro com as Canções Heróicas de Lopes-Graça, na década de 1940, depois com as canções de protesto dos anos 60 e 70, ligadas à contestação estudantil e à oposição à Guerra Colonial e à Ditadura, a luta pela Democracia encontrou uma voz mobilizadora. Obras de José Afonso, Carlos Paredes, José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto, entre outros.

MÚSICA
COLLECTIF MEDZ BAZAR
17H00 / NA MARGEM F / ENTRADA LIVRE / Duração: 1h00.
Este coletivo de músicos representa uma junção harmoniosa entre os instrumentos temperados (de som fixo) e as músicas baseadas na tradição modal, cruzando os instrumentos de percussão do Médio-Oriente com as vozes parisienses de várias origens (Arménia, Turca e Franco-Americana) e procurando a inspiração na música folclórica da Ásia Menor e do Irão, nos ritmos da Trácia, na música venezuelana, no hip-hop, jazz e bluegrass, entre outras.

























Transportes
Metro: São Sebastião, Praça de Espanha
Autocarros: 716, 718, 726, 742, 746, 756
Comboio: Entrecampos

4 comentários:

  1. Obrigatório ir espreitar,Gulbenkian no seu melhor,sempre a inovar

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  2. Obrigatório ir espreitar,Gulbenkian no seu melhor,sempre a inovar

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  3. Obrigatório ir espreitar,Gulbenkian no seu melhor,sempre a inovar

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    Respostas
    1. Bom dia,
      Temos a mesma opinião!
      Com os melhores cumprimentos,
      Lisboa-Livre

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